Desde o começo de Julho de 2013 já estava valendo a proibição da venda de lâmpadas comuns, de 150 watts ou mais. O governo fixou um calendário para que residências deixem de usar esse tipo de lâmpada até 2017.
A boa e velha lâmpada incandescente está com os dias contados. Tudo bem: ela é mais velha do que boa.
Olhar para uma lâmpada incandescente, uma lâmpada comum, é olhar para o passado. Ela quase não mudou desde que foi inventada, há mais de 130 anos. E a idade pesa.
Na invenção do americano Thomas Edison, um filamento fica que nem brasa quando a eletricidade passa. Da energia que a lâmpada consome, só 5% viram luz. Noventa e cinco por cento são transformados em calor.
“Ela é quente mesmo, ela é quente para caramba. É bom para chocadeira”, diz o dentista Climério Mario Vasconcellos.
Por causa do gasto de energia, o Brasil está fazendo o que dezenas de países já fizeram: parando de comercializar esse tipo de lâmpada. Desde Julho as de 150 e 200 watts não podiam mais ser vendidas. As de 75 e 100 watts continuam nas prateleiras só por mais este ano.
O prazo para acabar com a venda de lâmpadas incandescentes no país é junho de 2017. Só poderão continuar as que são usadas em fogões, geladeiras, estufas, veículos e para decoração. No lugar delas, cada vez mais gente compra as lâmpadas fluorescentes.
“Ela é boa, tem uma durabilidade bem maior, então, a gente troca, só isso”, diz a aposentada Dorinha Santos.
A indústria de iluminação comparou uma lâmpada comum de 100 watts com uma fluorescente de 23 watts, que ilumina a mesma coisa. No fim das contas, quem troca a comum pela fluorescente economiza, em média, R$ 24 em um ano. Numa casa com dez lâmpadas, são R$ 240.
E a indústria já avisa: em pouco tempo, poderemos trocar as lâmpadas de novo.
“Depois das fluorescentes, vamos entrar nas lâmpadas a LED. Em um período de três a cinco anos, elas devem entrar fortemente no mercado, porque os custos estão diminuindo e sua eficiência está aumentando”, explica o diretor técnico da Abilux Isac Roizenblatt.