quinta-feira, 3 de novembro de 2011

TIRE SUAS DÚVIDAS SOBRE INSTALAÇÕES EM 110V E 220V


FONTE: Fonte: Portal BBel – Casa

Por Samanta Dias – Equipe BBel 

Por que existem duas voltagens?
Se você já estragou algum aparelho eletrônico porque o ligou na tomada com voltagem errada, já deve ter se perguntado por que existem duas opções de voltagem para as instalações elétricas, 110V e 220V, ao invés de um padrão único.
O engenheiro eletricista Hilton Moreno, consultor técnico do Procobre (Instituto Brasileiro do Cobre), explica que as diferentes voltagens tiveram origem no começo da implantação da eletricidade no Brasil, no início do século 20. “No início da eletrificação não existiam empresas nacionais e nós sofremos a influência de empresas dos EUA e da Europa. As norte-americanas usavam a voltagem 110 e as europeias, 220″ , lembra o engenheiro.
Ele menciona também que, como as primeiras cidades a receberem instalações elétricas foram as da região sudeste, a existência de duas opções está praticamente restrita a algumas regiões destes estados. “Na época que se definiu o padrão, estudos mostraram que o custo para se converter as instalações diferentes para uma só era absurdamente inviável”, relata Hilton Moreno.
Nelson Volyk, gerente de engenharia e qualidade da SIL Fios e Cabos Elétricos, afirma que dependendo da região do Brasil, as residências recebem a eletricidade com tensão de 110V, 115V, 127V e 220V, ou unindo 220V com uma das outras três tensões citadas, sendo chamados de sistema monofásico ou monofásico a dois ou três condutores. “A potência elétrica nos diversos países do mundo é variável, na Europa, por exemplo, a tensão utilizada é de 220V ou 240V”, cita Nelson.
Qual voltagem usar?
As instalações com voltagem 110 e 220 têm o mesmo desempenho, consumo de energia de grau de periculosidade. Ou seja, escolher entre uma ou outra não vai acarretar economia na conta de luz, melhor funcionamento dos aparelhos nem mais segurança para a casa. “O consumo de energia é dado pela potência elétrica (Watts) dos aparelhos que estão ligados na instalação e não pela tensão (Volts). Um aquecedor de 1.500W registrará o mesmo nível de consumo numa instalação de 110V ou de 220V”, observa Nelson Volyk. Da mesma forma, levar um choque em qualquer uma das voltagens é igualmente perigoso e capaz de causar morte.
O engenheiro eletricista Hilton Moreno esclarece que a única diferença entre as voltagens está relacionada ao dimensionamento dos componentes da instalação elétrica, já que usar tensão nominal 220V permite que os fios que vão transportar a energia pela residência sejam de calibre menor, isto é, mais finos do que os usados para 110V. “De certa forma, mas não muito significativa, fazer a instalação em 220V sairia um pouco mais barato, porque os fios seriam mais baratos e a mão de obra também, pois dá menos trabalho puxar um fio mais fino”, afirma Hilton.
Ele também explica que no Brasil se convencionou usar 110V para a alimentação de lâmpadas e tomadas, e 220V para equipamentos de alta potência, como ar condicionados, chuveiros e torneiras elétricas.
Nelson Volyk ressalta que a escolha da tensão nominal não é puramente do usuário. “Temos regiões onde a distribuição elétrica é 110V, 115V ou 127V, em outros é 220V e, em outros ainda bifásica, ou seja, 110V, 115V ou 127V e 220V. Portanto, a escolha não é uma opção do usuário. Por isso, a orientação é procurar um profissional que tenha conhecimento da tensão elétrica da região e local onde executará o serviço, pois ele saberá qual é o caso do imóvel do consumidor”, argumenta.
Os aparelhos bivolts
Os especialistas defendem que não há problema em ter a instalação de iluminação e tomadas de uso geral em 110V e alguns produtos em 220V, mas é essencial conhecer a voltagem de cada parte da casa. Um equipamento 110V vai sofrer um curto-circuito se ligado em 220V e queimar. Além disso, de acordo com o engenheiro eletricista Hilton Moreno, o acidente pode fazer circular uma corrente de curto-circuito pela instalação elétrica capaz de causar danos em outros aparelhos e até de ocasionar incêndios.
No caso contrário, quando algum eletroeletrônico 220V é ligado em 110V, ele pode não funcionar, mas não sofrer danos ou funcionar com uma performance muito abaixo da esperada.
Muitos dos eletrônicos e eletrodomésticos disponíveis hoje no mercado são bivolts, o que significa que são projetados para funcionar tanto em uma quanto em outra voltagem. Estes aparelhos podem ser bivolts automáticos, quando a próprio equipamento reconhece a voltagem da tomada onde está ligado e se adapta, ou manual, quando uma chave geralmente na parte traseira do equipamento pode ser colocada na posição 110V ou 220V.
Caso você possua aparelhos sem essa flexibilidade, existem equipamentos chamados transformadores usados para adaptar os eletrônicos a voltagens diferentes. Os transformadores têm entrada de energia para 110V e saída para 220V, ou vice-versa, para serem conectados à tomada e ao aparelho cuja voltagem não é compatível com a instalação elétrica da casa.
Hilton Moreno explica que é possível comprar um transformador para cada aparelho ou um equipamento maior que poderá mudar a voltagem de um grupo de tomadas. Ele salienta que nestes casos é muito importante consultar um profissional da área, que vai poder indicar a melhor saída para a residência. O engenheiro ainda comenta que, dependendo do caso, não é raro sair mais barato comprar novos eletroeletrônicos em vez de investir em transformadores.

segunda-feira, 17 de outubro de 2011

CALCULANDO O DIMENSIONAMENTO DO DISJUNTOR


CALCULANDO O DIMENSIONAMENTO DO DISJUNTOR:



Pegue a potência do aparelho, que sempre indica em sua carcaça. Esta é igual a "P", na fórmula abaixo.
Pegue a Voltagem = V na fórmula, dele, que também é indicado (110V ou 220V)

se P=U*I,     I-P/U

O que queremos saber é exatamente o I (Amperagem)

Para ficar mais fácil, e isso só irá aumentar a sua segurança com relação ao disjuntor, além de você nao precisar de uma , poderá dividir por 200, se 220V ou 100, se 110/v. Isso porque ao diminuir o denominador, você estará aumentando o resutado em Amperes e isso fará com que utilize um disjuntor com certa margem de sobra.

O resultado " I" será o valor do seu disjuntor, se der um valor quebrado, arredonde para cima. Geralmente há disjuntores de: 5A, 10A, 15A, 20A, 25A, 30A, 40A, 50A, 60A, 70A, 90A, 100A... e se der mais que isso, procure um eletricista.....


domingo, 16 de outubro de 2011

LETRA DA MÚSICA "OVER AGAIN" DE TIM MAIA


Nesta postagem, fujo do assunto principal do blog para postar uma canção.
Porque?
Depois de muito caçar por toda internet a letra da música "Over Again" de Tim Maia, do álbum lançado em 1973, talvez pela gravadora Polydor (me corrijam caso eu esteja errado), onde a música principal era a "Réu Confesso", finalmente encontrei-a numa figura em arquivo jpg do encarte lançado da remasterização do vinil para CD no endereço abaixo:


No You Tube encontrei com facilidade vídeos com a música.
Vejam abaixo:





Abaixo a letra da canção:

OVER AGAIN (Tim Maia)

Open lethers
Better do it now
Waiting for news
Hoping high lotta lotta things
Happen to do

Feel so lonely
But I don’t know why
I’m gonna try
Want somebody to me on my side
I’m gonna try
I’m gonna try
Try try try oh try
Try it over, and over, and over, over again

terça-feira, 13 de setembro de 2011

É hora de um check-up no sistema elétrico


http://www.programacasasegura.org/br/seguranca/e-hora-de-um-check-up-no-sistema-eletrico/

Reportagem de Ana Carolina Nery, publicada no jornal Gazeta do Povo (7 de agosto de 2011).

Sua casa foi construída há mais de dez anos? Algum morador já levou choque? Você utiliza benjamins para ligar mais de um aparelho por falta de mais tomadas nos ambientes? Se pelo menos uma das repostas foi sim, atenção: seu imóvel precisa de um exame completo com profissional especializado em todo o sistema elétrico, antes que acidentes ocorram. Diferentemente do que se acredita, as lesões mais severas associadas à eletricidade não são causadas somente por correntes de alta voltagem. Uma descarga de 110 volts ou 220 volts também pode ser fatal.
A modernização e a comodidade trouxeram os riscos. Uma enorme mudança de consumo de eletrodomésticos e eletroeletrônicos ocorreu da década de 1980 até hoje. Uma cozinha, que exigia somente a ligação de equipamentos básicos, como geladeira, fogão e, de vez em quando, liquidificador, hoje precisa su­­portar ainda forno de micro-ondas, máquina de lavar louças, coifa, cafeteira, sanduicheira, torradeira e diversos outros itens.
O risco maior é de incêndio, afirma Milena Guirão Prado, gerente de marketing e porta-voz do Programa Casa Segura, um projeto de conscientização e orientação sobre os riscos de acidentes causados por instalações elétricas inadequadas. “O problema ocorre quando a instalação elétrica não suporta a carga. É como o infarte, em algum momento a veia entope”, compara.
Amostra em Curitiba
Milena cita uma pesquisa realizada em 2010 em edifícios de Curitiba, pelo Programa Ca­­sa Segura, em parceria com o Sindicato da Ha­­bitação e Condo­mí­­nios do Paraná (Secovi-PR). O estudo apontou que 36% dos condomínios vi­­sitados necessitavam de algum tipo de reforma no sistema elétrico. De uma lista de 11 possíveis problemas, foram encontrados cinco na amostra de 100 edifícios na capital paranaense. O principal – em 86% das construções – foi a falta de fio terra ou tomada de três polos.
A instalação do fio terra é obrigatória, explica o engenheiro eletricista Rolf Gustavo Meyer, presidente da Associação Paranaense de Enge­nheiros Eletricistas (Apee). “Um bom aterramento da instalação protege as pessoas de choques elétricos. É o terceiro pino das atuais tomadas, que tanto estão em discussão”, diz. Áreas molhadas são as mais exigentes, porque são locais onde estão os equipamentos de maior potência. “Cada aparelho deve estar em uma tomada diferente”, indica Milena.
Meyer também alerta para a im­­­­portância do dispositivo DR (Dife­­rencial Re­­si­­dual), au­­sente em 60% das cons­­tru­­ções pes­­quisadas em Curi­­tiba. O in­­terruptor, medida adicional de proteção contra choques elétricos prevista nas normas técnicas, é responsável por desligar um circuito quando ocorre fuga de corrente elétrica da instalação e/ou de um eletroeletrônico, para evitar situação de risco. “Para ele funcionar, deve haver uma instalação com aterramento e em boas condições”, diz ele.
Construções antigas
Os sistemas elétricos dos imóveis mais antigos não foram instalados pa­­ra receber muita carga, como ocor­­re nas novas construções – um dormitório hoje tem uma média de cinco to­­madas, quando antigamente eram apenas duas, destaca Milena. “As pessoas costumam usar benjamim ou extensão para resolver, mas pode sobrecarregar e causar acidentes.”
Segundo Meyer, é comum equipamentos com muita potência estarem instalados em circuito de menor carga. Um dos sinais é o cheiro de queimado, que indica aquecimento excessivo nos condutores, tomadas ou plugues, diz o engenheiro eletricista. “Instalações antigas, além de perderem capacidade de isolação elétrica nos condutores, podem sofrer danos com o tempo e não mais suportar a carga adicional de equipamentos elétricos que instalamos na edificação.”
Para economizar, substitua as lâmpadas
É possível garantir uma economia de energia de 80% com a substituição de lâmpadas incandescentes pelas fluorescentes compactas em todos os cômodos da casa. É verdade que as fluorescentes, 100% importadas, têm preço mais elevado, mas também duram muito mais. Enquanto a primeira sai por cerca de R$ 2 e ilumina um ambiente por mil horas, a segunda chega a custar R$ 10, porém com capacidade para iluminar o mesmo ambiente por 6 mil horas.
“É uma economia que justifica pagar mais. Além da durabilidade, se reflete na conta de luz, que sofrerá a mesma queda de 80% no valor”, avalia o engenheiro eletricista Hilton Moreno, consultor do Procobre – Instituto Brasileiro do Cobre. Por enquanto, a substituição é uma tendência. Mas, nos próximos anos, passará a ser obrigatória. De acordo com o Ministério de Minas e Ener­­gia, as lâmpadas in­­candes­cen­­­­tes se­­rão banidas do mer­­­­cado en­­tre 30 de ju­­nho de 2012 e 30 de junho de 2016, medida pu­­blicada no Diário Ofi­­cial da União.
Para não onerar demais, troque aos poucos, sugere Moreno. “Compre uma por mês, com prioridade aos ambientes que utiliza energia por mais horas, normalmente a cozinha”, indica. “Para con­­ferir a diferença, guarde a conta de luz e compare o consumo no final de um mês.”
Veja os cinco problemas identificados pelo Programa Casa Segura no estudo em condomínios de Curitiba:
  • Não contam com fio terra ou tomada de três polos 86%
  • Nunca fizeram reforma ou manutenção da rede elétrica 77%
  • Não têm dispositivo DR 60%
  • Têm emendas de fios fora das caixas apropriadas e instalação errada 63%
  • Utilizam benjamim e extensões nos circuitos de alimentação de telecomunicação 20%
BitolaVerifique no quadro de distribuição o número da bitola impresso nos fios. Se não conseguir identificar, provavelmente o fio é antigo, o que indica que precisa ser substituído. Um chuveiro de 6 mil watts, por exemplo, necessita de uma bitola de 6 milímetros.
Led
O que acontece com as lâmpadas fluorescentes compactas provavelmente ocorrerá com as lâmpadas de led, que é ainda mais econômica, em alguns anos. Os produtos estão disponíveis no mercado com o mesmo soquete das lâmpadas incandescentes e operam nas tensões de 100V à 240V, afirma a gerente de produto da fabricante Osram, Cláudia Capello Antonelli. “Estes também conseguem superar o investimento feito no ato da compra em médio e longo prazo.” Teoricamente, tem durabilidade dez vezes maior que a fluorescente e chega a custar R$ 200. “O problema do led é o preço alto. Mas em algum momento, passará a ser concorrente direto”, diz Moreno.

quarta-feira, 7 de setembro de 2011

FERRAMENTAS E INSTRUMENTOS DO ELETRICISTA


Escrito por Newton C. Braga   

Este artigo foi aproveitado do nosso livro Instalações Elétricas Sem Mistérios (edição de 2005). Nele descrevemos as principais ferramentas e instrumentos que o profissional que trabalha com eletricidade (eletrotécnica e instalações elétricas deve ter). Sugerimos ver a nota importante no final do artigo.

AS FERRAMENTAS
Para poder trabalhar com eletricidade não podemos contar simplesmente com as nossas mãos. Precisamos de um certo número de ferramentas que, felizmente, não são das mais caras.
Na verdade, existem algumas ferramentas sofisticadas que podem facilitar muito certos trabalhos, mas a relação custo/ benefício torna-as muito mais interessantes para os instaladores e eletricistas profissionais do que para os amadores.
Por outro lado, existem as ferramentas obrigatórias, que são aquelas necessárias para realizar os mínimos trabalhos de reparação ou implantação numa instalação elétrica.
A seguir, vamos dar uma relação dessas ferramentas obrigatórias que recomendamos que o leitor tenha à disposição, além de algumas que não são obrigatórias, mas que podem ajudar bastante.

a) Chave de fenda
Certamente esta é a ferramenta mais comum e a maioria das pessoas possui em casa. Para trabalhar com instalações elétricas é conveniente ter pelo menos duas chaves de fenda disponíveis.
Uma pequena para fixar os pequenos parafusos que prendem, fios em terminais de interruptores e tomadas ou ainda de soquetes de lâmpadas. E uma grande, usada para os parafusos maiores e que exigem mais esforço, como, por exemplo, os que fixam os interruptores nas caixas embutidas ou isoladores em partes de madeira.

b) Chave Philips
Alguns dispositivos elétricos como disjuntores e aparelhos eletrodomésticos possuem partes presas com parafusos Philips. Para trabalhar com estes parafusos deve ser usada uma chave apropriada. O leitor deve ter pelo menos uma delas disponível.

c) Alicate de corte lateral
Esta é uma ferramenta muito importante, pois com ela cortamos os fios e, com habilidade, podemos até usá-la para descascá-los.
Um alicate pequeno com o cabo isolado é indispensável nos trabalhos de eletricidade.
Realmente, este alicate pode ser usado em muitas outras tarefas importantes relacionadas com as instalações elétricas.

d) Alicate de ponta fina ou "bico de pato"
Um alicate deste tipo será útil para dobrar ou puxar pontas de fios, ou mesmo segurar partes de componentes em determinadas posições.
Trata-se de uma ferramenta importante no trabalho do eletricista e que não deve ser dispensada.

e) Alicate de eletricista
Este alicate é muito interessante possuindo algumas funções que ajudam especificamente o instalador. Conforme podemos ver pela figura 56, ele possui orifícios para encaixar fios e descascá-los em dimensões que correspondem a diversos diâmetros. Com ele também podem ser cortados fios e feitas algumas outras operações importantes.

f) Descascador de fios
Se bem que o alicate de corte, uma lâmina ou ainda o alicate de eletricista possam ser usados para esta finalidade, existe uma ferramenta muito simples que consiste em duas lâminas que prendem firmemente a capa do fio e quando puxamos, a capa é removida a partir do ponto em que a ferramenta a prende.

g) Lâmina ou canivete
Qualquer ferramenta de corte pode ser enquadrada nesta categoria, servindo para diversas finalidades como, por exemplo, raspar pontos de conexão oxidados, remover resíduos, cortar partes não metálicas de componentes de uma instalação, etc.

h) Lima
Uma lima plana pode ser de grande utilidade em muitos trabalhos. A remoção de oxidação de partes de uma peça de metal ou ainda, o acerto de uma superfície para encaixe podem ser feitos com ajuda desta ferramenta. O tamanho da lima não é importante, mas será bom para o eletricista dispor de uma pequena e uma grande.

i) Cinzel
Esta ferramenta pode ser muito útil, tanto para remover peças que estejam presas num local, como para fazer cortes em peças moles, etc.

j) Martelo
Algumas batidas podem ser necessárias à fixação ou retirada de certas peças, e para isso deve ser usado um martelo. O eletricista deve contar com esta ferramenta em sua maleta.

k) Furadeira
As furadeiras elétricas são comuns e relativamente baratas, e muitas pessoas as têm para uso geral em sua casa. Nos trabalhos de eletricidade esta ferramenta é importante. Um jogo de brocas para metal e para cimento ajuda em todos os trabalhos do eletricista. É claro que existe a opção barata da furadeira manual, que pode substituir a elétrica na maioria das operações.

l) Serra de arco
Uma serra de arco é importante para os trabalhos de corte de condutos de fios de metal, preparação de certas partes metálicas e muitos outros casos, em que seja necessário fazer o corte de partes de metal.

m) Arame ou fita de passagem (passa-fios)
Esta é uma ferramenta indispensável ao instalador. Trata-se de uma fita ou arame de aço que entra facilmente nos condutos elétricos e é usada para puxar os fios através deles quando se faz uma instalação.

n) Teste de tensão
Este é um pequeno instrumento de grande utilidade para a verificação de existência de tensão num ponto de uma instalação. Ele consta de uma pequena lâmpada neon e duas pontas de prova que devem ser encaixadas no ponto em que se deseja fazer o teste. Uma variação deste tipo de teste é a chave de fendas com lâmpada neon interna.

o) Lâmpada de prova
Trata-se de uma lâmpada de 220 V num soquete com duas pontas de prova. Com ela podemos verificar se existe tensão num ponto qualquer de uma instalação e mais que isso: pelo brilho, podemos saber se a tensão no ponto analisado é de 110 V ou 220 V. Em 220 V ela acende com o brilho normal e 110 V ela acende com brilho reduzido.

p) Teste de continuidade
Trata-se de uma ferramenta que tem uma ponta de prova e uma garra-jacaré, e permite verificar a continuidade de circuitos, principalmente o funcionamento de interruptores.

q) Multímetro
Este pode ser considerado um instrumento "de luxo", se bem que seu preço seja relativamente baixo e pela sua utilidade compense plenamente tê-lo em casa. Na verdade, ele serve para testar praticamente qualquer aparelho que funcione com eletricidade e não somente a instalação. Dedicaremos um capítulo totalmente ao uso deste instrumento nas instalações elétricas.

r) Lanterna ou farolete
Um farolete de pilhas tem uma utilidade muito maior do que podemos imaginar: é só perder um parafuso ou uma pecinha pequena num canto escuro da instalação ou ter de ler a marcação de um valor de componente num local sem iluminação, para que o instalador entenda como esta ferramenta faz falta.

s) Fita isolante
Um rolo de fita isolante não pode faltar na maleta de trabalhos elétricos. Não importa a cor ou o tipo, pois a finalidade é a mesma e o eletricista não pode dispensá-la.

t) Busca-pólo
Trata-se de uma lâmpada neon em série com um resistor de valor elevado, instalados dentro de um tubinho com a forma de caneta ou ponta de prova. Encostando-o no pólo vivo, a lâmpada neon acende, e encostando-o no terra ou neutro, a lâmpada permanece apagada.
Na figura 1 temos os aspectos destas ferramentas.

 Ferramentas e instrumentos comuns do eletricista.
Ferramentas e instrumentos comuns do eletricista.

Muitos magazines, lojas de ferragens, supermercados, lojas de materiais de construção costumam oferecer kits completos de ferramentas que contém a maioria das que citamos e até algumas outras a um preço bastante acessível.
Na figura 2 temos um exemplo de kit de ferramentas de baixo custo que pode ser de enorme utilidade, não só para os leitores que desejam trabalhar na própria instalação elétrica como para fazer outros tipos de trabalhos em suas casas.

 Kit comum de ferramentas.
Kit comum de ferramentas.

Outro jogo de ferramentas interessante para os trabalhos mais delicados é o de microchaves mostrado na figura 3

 kit de pequenas chaves de fenda e Philips;
kit de pequenas chaves de fenda e Philips;

Este jogo contém chaves de fendas comuns, chaves Philips e alguns outros tipos de chaves de diversos tamanhos, que são utilíssimas na remoção de parafusos muito pequenos de peças que devam ser desmontadas e montadas.
Além das ferramentas, o eletricista deve ter um estoque de peças comuns que são usadas nos trabalhos mais simples como a colocação de tomadas, troca de interruptores, etc.
Parafusos, porcas, pedaços de fios, terminais de parafusos, soquetes, fusíveis devem estar sempre presentes no estoque de peças, para que em caso de necessidade (que ocorre com bastante freqüência) o eletricista não tenha de sair para comprá-las.
Se o leitor gosta mesmo de fazer este tipo de trabalho, ou se pretende se profissionalizar, é interessante ter um local organizado para guardar peças ou ainda uma maleta especial com divisões apropriadas.



Observação importante:
Quando este artigo foi escrito ainda não estavam em vigor as normas NBR5410 que estabeleceram diversas mudanças para a maneira como as instalações elétricas devem ser feita e também para o formato das tomadas de força, com a adoção do terceiro pino. Artigo sobre estas normas deverá estar disponível no site. Os conceitos dados valem para instalações elétricas antigas, como ainda são encontradas em muitos locais de nosso país. Para instalações novas, os leitores devem consultar as normas vigentes

INSTALAÇÃO DE TORNEIRA ELÉTRICA


http://www.newtoncbraga.com.br/index.php/eletrica-domiciliar/2937-el034.htmlImprimirE-mail
Escrito por Newton C. Braga   

Este artigo faz parte do livro "Instalações Elétricas Sem Mistérios" de 2005. Novas normas para instalações são adotadas hoje. Sugerimos que o leitor veja a nota no final do artigo.
As torneiras elétricas funcionam segundo o mesmo princípio dos chuveiros elétricos.
Temos também um compartimento onde a água penetra e onde existe um elemento de aquecimento ligado à rede de energia.
A potência deste elemento depende tanto do fluxo de água como da temperatura final desejada, variando tipicamente entre 1 800 e 5 000 W para os tipos comuns. Trata-se portanto de um ele­tro­­do­més­tico de consumo bastante elevado e que exige uma instalação especial capaz de suportar correntes elevadas.
Os fios usados nas instalações de torneiras elétricas são os mesmos usados nas instalações de chuveiros, conforme a tensão da rede e a potência.
Também deve ser levada em conta a operação em meio úmido, que exige a precaução especial do fio terra instalado da mesma forma que no caso do chuveiro.
Assim, para a instalação de uma torneira elétrica os procedimentos são os mesmos seguidos na instalação de um chuveiro elétrico.
Na figura 1 temos o modo de fazer a conexão dos fios de ligação da torneira, usando uma barra de terminais com parafusos para maior segurança.
Evidentemente, os fios devem ficar em local bem protegido, de modo a evitar o contato acidental que poderia causar choques perigosos.

Instalando uma torneira elétrica.
Instalando uma torneira elétrica.

PROBLEMAS COM A TORNEIRA
Os problemas que ocorrem com uma torneira elétrica, em princípio, são os mesmos que acontece com os chuveiros como:

a) Problemas de aquecimento devido à pressão da água que podem ser corrigidos com o uso da arruela de fluxo ou ainda com a mudança da potência do elemento de aquecimento.
O pressurizador, em princípio, também pode ser usado na solução de problemas com torneiras, mas não é uma solução considerada ideal, tanto pelo espaço para sua instalação como pelos resultados finais.

b) Problemas de funcionamento pela abertura dos fusíveis ou disjuntores ou ainda a interrupção dos elementos de aquecimento.

c) Problemas de choques devido a um aterramento deficiente.